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Escolha diária.

  • Mari Alves
  • 13 de dez. de 2016
  • 2 min de leitura

Tem um texto, que já chegou a ser viral na internet, que fala do quanto é fácil amar o outro na mesa do bar, no churrasco do final de semana e nas férias de final de ano, mas que difícil mesmo é amar o outro quando nem ele está se amando, quando tudo parece desabar, quando ele perde o rebolado ou a identidade, enfim. De uns tempos pra cá venho aprendendo muito quanto a esse assunto, ainda tenho um milhão de defeitos a corrigir e dois milhões de coisas pra aprender, mas tenho ficado bem contente com as melhorias já alcançadas.

Sempre achei balela aquela historia do amor ser uma escolha e não um sentimento, ou então, que o amor é um decisão diária. Como assim? Nunca controlei meus sentimentos, como poderia optar por amar ou não alguém? A questão é que é mais ou menos por aí mesmo, conforme a gente vai amadurecendo e ganhando um pouquinho de bagagem no assunto, a gente começa a ver o quanto precisa ter vontade pra coisa realmente dar certo. O sentimento não deixa de ser importante, de forma alguma, mas a gente já aprendeu que qualquer sofrimento passa, portanto, se o negocio não tiver lá essas coisas, já conhecemos o caminho de partida. Parece que fica mais simples abandonar o barco quando você sabe que aguenta a correnteza e é aí que a decisão vira diária, que a escolha é continua e o amor vira sim escolha. Não o amor sentimento, mas você optar a viver aquele amor ou não.

O dia a dia é foda, a rotina é complicada, além dos nossos medos, problemas, surtos e frustrações a gente tem que tá preparado pra relevar algumas coisas quando é o outro quem não está nos melhores dias. Tem que ter jogo de cintura, tem que ter paciência, algumas vezes tem que ter até bola de cristal. Amor realmente é uma escolha diária, é todo dia você repensar o caminho e ainda assim preferir seguir, é todo dia você reavaliar as milhares de opções, talvez até melhores, a sua volta e preferir permanecer onde está. Amor é você ter dias de cansaço, de saco cheio, é ter vontade sumir, fugir, largar tudo, e ao invés disso, respirar, descansar e continuar.


 
 
 

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