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Chegou

  • Mari Alves
  • 25 de jul. de 2016
  • 2 min de leitura

Ela nunca foi das mais românticas ou daquele tipinho carente, que se apaixona por qualquer sorriso bonito. Ela tinha domínio da sua vida e dos seus sentimentos (na maioria das vezes). Ela gostava da sua independência, idolatrava sua liberdade, era verdadeiramente feliz na sua singularidade. Sempre foi auto suficiente mas nunca escondeu a sua vontade de se tornar plural, ela era esperta o bastante pra saber que a vida de solteira pode e deve ser boa mas dividi-la com alguém poderia torna-la muito melhor. Nasceu esperta e apanhou um bocado, ficou calejada. Desconfiava de todos mas nunca desacreditou do amor. Tinha fama de sem coração mas era ele quem a guiava embora muitos duvidassem disso. Sempre levou ao pé da letra aquela historia de não fazer com os outros o que não gostaria que fizessem com ela, portanto, nunca brincou com coração de ninguém, mesmo que pra isso tivesse saído muitas vezes como a errada das historias. Na verdade, ela nunca se importou com a opinião dos outros contanto que a sua consciência estivesse tranquila.

Ela não queria alguém, tinha muitos amigos e seu problema nunca foi companhia, ela queria um amor, queria experimentar a sensação que tanto já tinha escutado falar. Queria saber se era real o que via nos filmes, duvidava ser possível todas aquelas coisas “idiotas” que os apaixonados descreviam, duvidava que uma pessoa poderia chegar e modificar sua vida, influenciar no seu humor, transformar sua visão de mundo. Ela não queria um status, ignorava a pressão da sociedade pela mudança do seu estado civil, ela queria mudar o coração que andava frio a tanto tempo. Queria saber como era dormir e acordar pensando na mesma pessoa, ter a preocupação com uma pessoa que não fosse ela mesma, ter cuidado com algo que não fosse apenas o seu próprio mundo. Então ele apareceu. No momento que ela não mais procurava, não tinha desistido mas já não tinha mais pressa, ele chegou, atropelou e mudou tudo. Ela ainda não consegue entender todos aqueles sentimentos que falavam, não consegue explicar todas as sensações que queria tanto conhecer, ela apenas sente. Sente e sente muito, ainda se confunde e se embola com tanta coisa nova mas o sorriso no rosto segunda-feira de manhã entrega, finalmente o amor chegou.


 
 
 

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