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Carta de despedida

  • Foto do escritor: Mariana Alves
    Mariana Alves
  • 10 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura

Lê tudo que eu vou falar com carinho porque não tô brigando, nem sendo grossa, nem nada que eu sei que você vai falar, apenas serei sincera com você e principalmente comigo. Eu já quis muito ter você, já quis muito que você voltasse, já quis muito que um milagre acontecesse e a gente fosse feliz para sempre Eu te amei muito e apesar do bando de merda que eu fiz eu sei que você sabe disso. Durante muito tempo eu esperei você voltar, esperei vivendo, esperei quietinha no meu canto, sem alardes, mas esperei. Eu assistia sua vida de camarote e só eu sei o quanto eu sofri vendo toda sua felicidade, por mais que eu soubesse que muitas vezes era uma felicidade falsa, mesmo assim doía. De uns tempos pra cá esse sentimento vem me confundindo muito, não tem mais o mesmo amor, não tem mais a mesma necessidade, a mesma saudade, o sofrimento então, esse aí foi embora faz tempo. Até o que eu pensei ser incapaz de mudar um dia, o tesão, diminuiu bastante. Então, eu me questiono porque. Por quê estender essa história além do que já estendemos? Já fomos muito além do que deveríamos. Por quê continuar com pequenos momentos de prazer se toda vez eu volto pra casa vazia, me sentindo suja por toda essa situação? Por quê manter uma relação que nada acrescenta, nada difere, na verdade, só atrapalha. Por quê? Eu demorei a decifrar tudo aqui dentro do meu peito, eu demorei a entender e principalmente demorei a criar coragem, eu não sei porque mas por mais que eu não te ame mais, até hoje eu tive um medo danado de te expulsar de verdade daqui. Eu desisti de te esquecer, eu desisti de te tirar da minha vida, joguei você no quartinho de bagunça e deixei lá, junto com tudo que eu não usava mais mas também não conseguia me desfazer. Sempre cedi as suas insistências, sempre cedi as suas mensagens promíscuas pra me instigar e te querer, sempre cedi ao seu desespero em me ver, em me ter. Eu sempre cedi, mas sinceramente, chega. Você foi um grande amor, uma paixão avassaladora, a mentira mais sincera, meu melhor sexo, você foi muita coisa, por muito tempo, mas você foi, do passado do verbo ir, não é mais, eu precisava arrumar a casa e não tem mais espaço pra você aqui. Custou mas me encontrei e você não faz mais parte de nada que envolva meu presente, muito menos meu futuro. Comodidade, preguiça, costume, tenho vários nomes pro que nos prendeu tanto tempo, ou pelo menos para o que ME prendia ali, no fundo me faltava coragem, sabe Deus porque, de assumir que você passou mas finalmente minha ficha caiu e não tô falando isso pra te magoar ou nada do tipo, apenas quero ser honesta comigo e com você, a gente já estendeu demais esse ponto final.

Se cuida, se ajeita, tenta ser feliz de verdade, para de fingir e fugir. Se você não foi forte o bastante pra ficar, seja pelo menos pra partir, de vez. Se a gente não soube ficar junto, que saibamos ficar separados.

Adeus!


 
 
 

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